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Carolina Ramiro

Desbravando o Pico Paraná | Rodrigo Lima Ramos

O grande e majestoso Pico Paraná localiza-se no município de Antônina PR, mas o acesso à sua trilha se dá no município de Campina Grande do Sul PR, cerca de 1 hora de Curitiba.

Saindo da capital paranaense pega-se a BR 116 sentido São Paulo. Seguindo pela rodovia você passará por um pedágio, logo à frente PRF e mais adiante um posto de combustível, siga até o KM 46 e vá com atenção até ver a ponte sobre o Rio Tucum, ali a direita terá uma simpática estradinha de chão, que será seu acesso.

Depois de entrar na estrada de chão siga por ela cerca de 5.5 km, sempre reto passando por uma estrada a esquerda, por volta de 3.8 km você verá uma lanchonete e uma “bifurcação” siga pela esquerda, a partir desse ponto você vai ter algumas subidas e descidas, dirija com cautela pois a estrada não é muito boa, passando por uma ponte de madeira chegará as duas fazendas que servem de apoio e estacionamento aos visitantes, a primeira delas a Fazenda Pico Paraná onde cobra-se R$10 por pessoa ( 7hrs às 18hrs) e R$15 por pessoa (18hrs às 7hrs).

A Fazenda conta com uma estrutura com banheiros, chuveiros para banho e área para camping, a outra um pouco mais frente é a Fazenda Rio das Pedras que cobra R$15 por carro, que também conta com banheiros, chuveiros e área para camping, ambas servem um delicioso pastel e bebidas que após a caminhada fazem a alegria da galera.

Se você escolheu a Fazenda Pico Paraná preencherá uma planilha com seus dados e um contato para emergência depois disso começará a trilha já no terreno da fazenda, se escolheu a Fazenda Rio das Pedras deixará a propriedade saindo pelo portão e seguindo pela esquerda até o trailer do IAP onde também vai preencher uma planilha com seus dados.

Se sair da Fazenda Pico Paraná vai seguir a trilha até uma bifurcação onde seguirá pela direita, a trilha à esquerda é de onde virá os aventureiros que escolheram a Fazenda Rio das Pedras.

A trilha que terá a duração de cerca de 6 horas de caminhada já começa com uma subida, servindo de aquecimento para o que temos pela frente, alguns minutos morro acima você terá do seu lado direito a famosa PEDRA DA DESISTÊNCIA (vale uma parada para subir e apreciar a paisagem que já vai ser linda), mais a frente as coisas começam a mudar e o caminho torna-se um pouco mais difícil, nada ainda em vista do que virá pelo caminho, mais à frente algumas aberturas para apreciar a vista e retomar o fôlego, adiante vamos passar por uma grande pedra chamada de PEDRA DO GRITO onde os mais radicais costumam subir.

O caminho segue e mais a frente uma breve trégua nas subidas, do lado esquerdo passamos pelo LAGO MORTO, mais alguns minutos saímos do meio da mata e temos visão do nosso próximo “checkpoint” o MORRO DO GETÚLIO, dele conseguimos ver a Represa do Capivari e algumas montanhas da região tais como o Caratuva, Itapiroca, Taipabuçu e Ferraria, até aqui leva-se algo em torno de 1hora.

Deixando o Getúlio seguimos em direção ao gigante, passamos por um caminho mais tranqüilo, aberto e muito bonito, chegamos a uma bifurcação onde pegamos a esquerda e logo mais a frente depois de uma suave descida nos deparamos com outra bifurcação com a seguinte informação: Pico Caratuva a esquerda e Pico Paraná a frente.

Seguindo pela trilha temos algumas faixas nas árvores que auxiliam na navegação, cerca de 15 minutos temos a esquerda a famosa bica d’água, que é uma das pouca fontes confiáveis da região, depois da bica seguimos subindo e passando por alguns obstáculos como raizes e pedras até chegar em uma pequena escalada que é superada com a ajuda de 3 grampos e algumas raízes, seguindo mais a frente passamos por um córrego com pedras bem escorregadias e logo encontraremos outra bifurcação com a seguinte informação: Itapiroca (direita) Pico Paraná (em frente), seguimos em frente em direção ao PP.

Depois dessa bifurcação o caminho torna-se mais úmido e traiçoeiro devido as raízes que ficam bem expostas e temos que passar por cima delas, mais à frente com o tempo bom conseguimos ter a primeira visão do gigante que mesmo estando longe da um show com todo seu charme, depois de uma breve descida passamos por mais um riacho que em tempos de seca fica sem uma gota d’água, depois de algumas subidas e descidas transpondo alguns simples obstáculos descemos uma pequena rampa bem molhada que com auxílio de uma corda vencemos com facilidade, minutos a frente caminhando em meio a raízes, subindo e descendo barrancos com auxílio de alguns galhos e cordas cruzamos outro riacho e mais a frente saímos do meio da floresta e nos encontramos cercados de uma vegetação mais baixa que logo a frente nos traz uma visão espetacular do PP, do nosso litoral e mais a direita o temido Pico Ciririca com suas grandes placas em seu cume.

Depois dessa linda vista seguimos em uma suave subida em meio à caratuvas (planta comum na região) até começar a “sofrência” de novo, entramos na mata adentro e continuamos subindo, mais a frente saímos novamente e chegamos ao acampamento 1 (A1), já estamos bem mais perto e com uma linda visão da região, continuamos a caminhada seguindo pela trilha da direita, uma descida suave em uma trilha ao meio de caratuvas até chegarmos a uma descida um pouco pior, agora com o caminho mais estreito, passando por essa descida começamos a subir e logo estamos em um ponto com uma linda visão, já conseguimos avistar nosso próximo obstáculo, o famoso paredão do PP.

Seguimos descendo por uma pedra q tem 1 grampo pra auxiliar a descida, entramos mais uma vez na mata e breve saímos já quase de cara com o paredão que a primeira vista da um certo medo, sim esse é o temido paredão do PP.

Estando agora na base do gigante subimos o paredão, os primeiros metros pelas pedras depois o auxílio de uma corda e logo acima grampos cravados na rocha, ATENÇÃO, muito cuidado nessa parte, lembrando de sempre manter três pontos de apoio. Vencendo essa primeira etapa de grampos e cordas subimos mais um pouco e alguns grampos nos auxiliam novamente… Pronto o temido paredão acabou, mas ainda restam alguns desafios.

Continuamos a subida em um aclive bem íngreme até chegarmos em uma janela que tem uma vista incrível e nos dá a real altura de onde estamos, alguns passos e estamos no acampamento 2 (A2), quase ao lado saindo um pouco da trilha principal cerca de 20 a 30m temos a CASA DE PEDRA que é onde começa uma pequena trilha que dá acesso a última fonte de água potável.

Voltando a trilha principal continuamos com uma subida bem acentuada até chegarmos a mais alguns grampos sempre subindo, alguns metros depois chegamos a uma parte que também requer bastante cuidado pois andamos em cima de rochas seguindo sempre as marcações, logo depois de superar essa parte descemos de uma rocha e em seguida uma corrente com 4 grampos nos auxiliam na breve subida, alguns passos a frente e estamos caminhando na “crista” onde conseguimos ter uma visão impressionante!

Seguimos em frente e logo passamos por mais um descampado onde cabem umas duas barracas, adiante chegamos a mais uma subida em rocha já bem próximo do nosso ponto final, vencendo essa pequena subida caminhamos mais um pouco e chegamos a mais uma rocha que as vezes temos que tirar a mochila das costas para pode passar, subimos cerca de 10 metros e parabéns chegamos ao gigante do sul do Brasil, o Pico Paraná!

Em seu cume temos algumas clareiras que os montanhistas costumam acampar, nada muito grande, então se sua intenção é acampar no cume, chegue cedo.

Vale ressaltar que essa trilha é uma trilha que exige MUITO preparo físico e psicológico. Esteja ciente que está enfrentando uma trilha de nível DIFÍCIL, então se prepare e decida a melhor opção para realiza-lá, seja ataque (bate e volta) ou acampamento.

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