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Carolina Ramiro

Animais Peçonhentos | Cobras e Serpentes

Existem no Brasil 60 espécies de cobras venenosas, mas são as jararacas as responsáveis pelo maior número de ataques, cerca de 85% do total. As cascavéis e as surucucus causam pouco mais de 10% dos acidentes, já as corais, apesar da fama de perigosas, precisam ser muito provocadas ou pisoteadas para dar o bote, elas respondem por menos de 1% das ocorrências e são facilmente confundidas com as falsas corais, suas primas inofensivas.
O veneno de todas essas serpentes podem matar uma pessoa em pouco tempo. A reação à picada vai depender de variáveis como a parte do corpo que foi atingida, quantidade de veneno injetada, peso da vítima e o tipo de cobra. Por isso, especialistas recomendam às vítimas que recebam o soro o mais rápido possível, de preferência nas primeiras três horas após o ataque.

Produtos de origem biológica, os soros são utilizados para tratar intoxicações provocadas pelo veneno de animais peçonhentos ou por toxinas de agentes infecciosos, os mesmos já possuem os anticorpos necessários para combater uma determinada doença ou intoxicação, desta forma é considerado agente curativo.

O principal órgão responsável por estudos referentes a animais peçonhentos e fabricação de soros para tais venenos é o Instituto Butantan, e alguns dos soros produzidos nos laboratórios do instituto são:

Antibotrópicopara acidentes com jararaca, jararacuçu, urutu, caiçaca, cotiara.

Anticrotálicopara acidentes com cascavel.

Antilaquético para acidentes com surucucu.

Antielapídico – para acidentes com coral.

Antibotrópicolaguético – para acidentes com jararaca, jararacuçu, urutu, caiçaca, cotiara ou surucucu.

CONHECENDO AS ESPECIES:

Surucucu (Lachesis muta):

A maior cobra venenosa da América do Sul, chegando a medir, quando adulta, 4,5 m. Encontrada na Floresta Amazônica e Mata Atlântica. Responsável por cerca de 3% dos acidentes.Outras denominações: pico-de-jaca, surucutinga, surucucu- de-fogo, surucucu pico-de-jaca.

Cascavel (Crotalus durissus):

Possui chocalho na ponta da cauda e chega a medir 1,6 m de comprimento. Preferem os campos abertos e regiões secas e pedregosas. Responsáveis por 8% dos acidentes ofídicos que ocorrem no País. Outras denominações: boicininga, maracabóia e maracambóia.

Jararaca (Bothrops jararaca) e Jararaca Pintada (Bothrops neuwiedi):

Sua cauda é lisa. Quando adulta, seu tamanho varia entre 40 cm a 2 m. Existem mais de 30 variedades que apresentam diferentes cores e desenhos. São encontradas em todo o País e responsáveis por 88% dos acidentes registrados. Outras denominações: caiçaca, jararacuçu, cotiara, cruzeira, urutu, jararaca-do-rabo-branco, surucucurana.

Corais (Micrurus corallinus e Micrurus frontalis):

Encontradas em todo o País, têm hábitos noturnos e praticam o canibalismo. Durante o dia descansam. Responsáveis por apenas 1% dos acidentes registrados. A coral é considerada a mais perigosa do Brasil, seu veneno age no sistema nervoso e pode levar uma pessoa a morte em poucos minutos. Outras denominações: coral verdadeira e ibiboboca.


EVITE ACIDENTES:

Perneira:

Muito pouco utilizada, a perneira contra picadas de cobras é altamente recomendada para quem realiza trilhas com alta incidência de animais peçonhentos. O equipamento também é conhecido como polaina ou caneleira. Geralmente é caracterizada por uma espuma protetora que cobre a parte inferior do calçado, o tornozelo e praticamente toda a canela e panturrilha até o joelho. De acordo com estudos estatísticos, 80% das picadas de cobras ocorrem abaixo do joelho, portanto, o uso desse equipamento ajuda a prevenir vários acidentes desagradáveis.

Equilíbrio Ecológico:

Preserve os predadores. Emas, seriemas, gaviões, gambás e a cobra Muçurana são os predadores naturais das cobras venenosas e garantem o equilíbrio do ecossistema.
Conserve o meio ambiente, desmatamentos e queimadas devem ser evitados. Além de destruir a natureza, provocam mudanças de hábitos dos animais, que se refugiam em paióis, celeiros, áreas de camping ou mesmo dentro das casas. Também não se deve matar as cobras, elas contribuem para o equilíbrio ecológicos.

EM CASOS DE ACIDENTES, O QUE FAZER?

  • Assegure-se que ao seu redor ou ao redor da vitima a cena esteja segura;
  • Caso tenha algum sangramento: trate-o;
  • Limpe o ferimento;
  • É necessário manter-se calmo e estável para reduzir os efeitos do veneno por hora;
  • Faça a remoção de anéis, relógios, pulseiras ou qualquer objeto que possa interferir na circulação;
  • Mantenha-se aquecido e hidratado;
  • Procure ajuda: caso você seja a vitima, peça para seu companheiro buscar ajuda ou te auxiliar na caminhada, caso seja o contrario, faça o mesmo. 

O QUE NÃO FAZER?

  • Não corte e nem tente sugar o local da picada;
  • Não aplique torniquete;
  • Não aplique gelo ou mergulhe a picada na água;
  • NÃO MATE OU CAPTURE A COBRA (fazer isso coloca você e todos ao redor em risco)

Fonte: Instituto Butantan.

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